Ead e as suas teorias de aprendizagem

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Chegamos ao final da série Teorias de Aprendizagem, onde fecharei com as teorias de ensino a distância.

As teorias sobre o ensino a distância passaram por evoluções ao longo dos anos. Um dos pontos que é bem definido em todas as teorias é a separação física que existe entre professor e aluno. Vamos conhecê-las?

Teoria da Industrialização em EAD

A Teoria da Industrialização foi desenvolvida por Otto Peters que realizou uma comparação entre o ensino a distância e o processo de produção industrial. O autor afirma que o sistema de educação a distância possui inúmeras semelhanças com uma fábrica industrial. Afirma que a EAD foi aceita pela sociedade industrial como um método de produção de massa, divisão do trabalho e mecanização.

O modelo criado por Otto Peters influenciou, posteriormente, as teorias de Holmberg e Moore.

Teoria da Aprendizagem Independente

Charles Wedemeyer foi filósofo, pesquisador, humanista, inovador e precursor da educação à distância independente. Acreditava que deveria existir uma variedade de alternativas de aprendizagem.

Wedemeyer tinha ideias avançadas em relação à aprendizagem independente. Como Diretor da Universidade de Wisconsin de Correspondência Programa de Estudos (1954-1964), iniciou uma série de projetos e pesquisas em áreas de interesse para o estudo independente, tais como características do aluno, características do instrutor, qualidade e eficácia. Observou, também, a educação a distância dando ênfase à independência e autonomia do estudante na EAD.

Teoria da Distância Transacional

No meio da década de 70, Michael Moore atraiu atenção para ensino-aprendizagem independente à distância. Seu modelo que destaca a autonomia foi utilizado como base para a criação desta teoria.

Moore examinou, com muita atenção, duas dimensões existentes na educação a distância: a distância transacional e a autonomia do aluno. Em relação à distância transacional, o autor evidencia as características especiais educativas que surgem em decorrência do afastamento professor/aluno, que impõe um conjunto de procedimentos distintos do habitual relacionados tanto ao ensino quanto à aprendizagem. Já em relação à autonomia, ele salienta a necessidade dos programas de EAD promoverem uma maior autonomia do aluno, durante todo o seu processo de aprendizagem.

Esta teoria foi muito influenciada por Wedemeyer, onde Moore examina atentamente que a distância trabalha como um surpreendente fenômeno pedagógico.

Teoria da Conversação Didática Guiada

Esta teoria foi desenvolvida por Holmberg que possui uma visão a respeito da educação a distância baseada em suas provas evidentes de que a questão fundamental na educação é a aprendizagem. Ele realça a interpersonalização do processo de ensino a distância.

Na Teoria da Conversação Didática Guiada, a educação a distância é considerada uma conversação didática guiada com objetivo de promover a aprendizagem. Ressalta também a adoção de um estilo conversacional de sucesso, como a empatia entre os interlocutores, que é válida tanto em contextos de ensino tradicional como em contextos de EAD. Ou seja, mostra que um procedimento que se provou eficaz no ensino tradicional é aplicável também na educação a distância.

Holmberg defende a existência de uma conversação simulada nos materiais didáticos os quais devem ser concebidos de acordo com algumas características, como, por exemplo, ser de fácil acesso e deve ser escrito de forma clara e de fácil leitura, com uma densidade de informação moderada.

Assim como Michael Moore, Holmberg agregou considerável importância à autonomia do aluno, afirmando que um dos grandes objetivos do ensino a distância é que seja proporcionado aos alunos a conquista de uma autonomia total, quer em termos de motivação quer de autoestudo. E você, gostou de conhecer um pouco sobre as teorias?

Conhecer as teorias de aprendizagem é muito importante para entender como cada indivíduo aprende. Traz um novo olhar, proporcionando uma nova relação com as práticas pedagógicas e uma melhor aprendizagem dos alunos.